sábado, 10 de dezembro de 2011

When You´re Strange



O cinema tem a capacidade de eternizar as coisas. Foi com esse pensamento que os integrantes remanescentes do grupo The Doors, Ray ManzarekRobby Krieger e John Densmore, que junto com o diretor Tom Dicillo produziram esta que foi planejada para ser a “Biografia definitiva” da banda, ao contrario do filme dirigido por Oliver Stone lançado em 1991, que acarretou inúmeras críticas dos fãs e integrantes dos doors pela sua falta de compromisso com o real.

O documentário começa de uma maneira inteligente: um fã sósia de Jim ouve a noticia da morte de Jim no radio e logo a câmera salta para uma sucessão de rápidas imagens da banda em ação terminando assim o prólogo do documentário.
O documentário mostra todas as fases da banda, desde o inicio quando Jim e Ray eram estudantes de cinema na UCLA, até o inicio do sucesso repentino.



A narração de Johnny Depp torna tudo ainda mais intenso por assim, quando ele diz “os anos 60 começaram com um tiro” para evidenciar o contexto em que a banda se encaixava no momento em que surgiu: O movimento da contracultura, movimento estudantil, a luta pelos direitos civis, a guerra no Vietnã.

Trazendo imagens raras de entrevistas, bastidores e apresentações, o diretor utiliza de montagem paralela para relacionar a trajetória da banda com os acontecimentos sociais, afinal o The Doors foi à banda de uma geração inteira da juventude dos anos 60 e todos os seus ideais.
O foco desse documentário é o The Doors enquanto banda por isso suas vidas pessoais são pouco mostradas, apenas quando tem alguma relação com o grupo.
A montagem paralela é usada frequentemente no filme, seja para fazer um paralelo com o movimento de contracultura seja para mostrar as noticias que o sósia de Jim ouve no radio sobre sua morte.
Composto de inúmeras imagens era natural que houvesse uma “seleção” do que era seria destaque, para isso Tom Dicillo utiliza a elipse de tempo, pois do contrario, a duração de uma hora e 25 minutos do filme não seria suficiente.

O filme desconstrói os integrantes da banda como mitos, especialmente Morrison, é fiel a realidade em todos os momentos, ao contrario do filme de Oliver Stone que construiu uma versão caricata de Jim e excluiu os demais integrantes da banda do filme, os colocando como “elenco de apoio” na narrativa do filme.

Composto de ricas imagens de arquivos, bastidores, performances ao vivo e gravação de discos, Tom Dicillo foi criterioso na escolha das imagens, priorizando os mais importantes como a apresentação no Ed Sullivan show quando após a banda sofrer uma tentativa de boicote na letra da canção “Light my Fire”, devido ao trecho “Girl, we couldn't get much higher” que em tradução seria: Garota não poderíamos estar mais chapados”, fazendo alusão ao uso de drogas. Jim ignorou o pedido do apresentador e cantou a musica exatamente como ela estava escrita, assim a banda foi banida do programa.

Outros momentos importantes retratados no documentário que é impossível de destacar: os incidentes em Miami e Long Island, sendo o de Miami o mais sério, pois Jim foi condenado por atentado ao pudor e linguagem obscena.

O filme expõe sem pudores a fragilidade de seus integrantes, os problemas de relacionamentos, o vicio em drogas etc.

O álbum “Waiting for the Sun”, que marcou um distanciamento das origens da banda e houve a recusa do produtor em colocar o poema musicado de Morrison “a celebração do lagarto” em um dos lados do disco.

 Mais uma vez Tom Dicillo utiliza a montagem paralela para visualizar o poema narrado por Johnny Depp em off, alias, a narração de Johnny em todos os momentos é absolutamente incrível, foi um grande acerto do diretor chamá-lo para ser o narrador.
A restauração das imagens merece aplausos. Nem parece que as imagens têm mais de 30 anos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Análise fílmica : Beijos proibidos



Beijos proibidos (Baisers Volés) é um filme de 1968 dirigido por François Truffaut, dando prosseguimento as historias do seu alter-ego Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud). Historias estas que começaram a ser retratadas no autobiográfico “Os incompreendidos” (Les quatre cents coups). Este é o terceiro filme no qual o personagem Antoine Doinel é retratado, sendo “L'amour à vingt ans (1962), Domicile conjugal (1970) e L'amour en fuite (1979), os outros quatro filmes com o personagem.

Em “Beijos Proibidos”, Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud) é expulso do exercito por indisciplina. Após ser expulso, Antoine vai jantar na casa dos pais de Christine Darbon (Claude Jade), a jovem por quem Antoine é apaixonado. Os pais de Christine lhe arranjam um emprego, no qual ele não dura muito, e assim Antoine pula de emprego em emprego, sem ter certeza do que deseja para sua vida, pois ele só cresceu por fora, pois por dentro continua o mesmo jovem inconsequente de antes.

Truffaut começa o filme de uma maneira espetacular: o movimento de câmera circular detalha Paris enquanto são exibidos os créditos iniciais, tudo isso acompanhado por uma trilha sonora instrumental maravilhosa (aliás, toda a trilha é de tirar o fôlego).

Após a apresentação dos créditos iniciais, o zoom diminui, enquanto a câmera “entra” no exercito, com Antoine sendo dispensado de seus serviços.
Truffaut utiliza os planos descritivos à exaustão, sem que isso prejudique a qualidade do filme, pelo contrario só acrescenta.


O movimento de câmera panorâmica aparece em todo o filme, com o intuito de acompanhar Antoine, sempre com a cidade de paris como pano de fundo e é claro com a já citada trilha sonora que é maravilhosa.

A fotografia do filme é essencial para marcar as mudanças na vida de Antoine. Enquanto o prólogo, créditos e a cena inicial são permeados com cores escuras e com um aspecto obscuro, as demais cenas após sua dispensa do exercito , são predominantes as cores quentes, com um aspecto mais vivaz e colorido.


Um detalhe que não posso deixar de citar, o filme tem planos curtos no geral e a maneira que Truffaut escolheu para saltar de uma cena para outra é absolutamente incrível: ele escurece a tela por algum tempo e quando volta ao “normal” já na cena seguinte. Certamente uma homenagem de Truffaut a época do cinema mudo e uma alternativa inteligente.


Truffaut construiu mais um filme terno, envolvente e cativante, com um personagem igualmente envolvente e muito bem desenvolvido, Truffaut correu um risco alto a meu ver, afinal fazer varias continuações pode cansar, mas não com um personagem riquíssimo como Antoine é impossível cansar.

Truffaut sabia como ninguém fazer um filme poético, conseguiu manter o frescor daquele personagem que é seu alter-ego, Antonie Doinel e que todos nós temos um pouco dentro de si. Além disso, fez um filme em que tudo se encaixa perfeitamente como um quebra- cabeça é uma pena que seja tão curto.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Análise Fílmica: Os Incompreendidos



Em seu primeiro filme de longa- metragem, François Truffaut buscou referencias em sua própria biografia.

 Em “Os Incompreendidos” (Les quatre cents coups), Truffaut  buscou contar a sua historia de vida, para isso criou um alter- ego, Antoine Doinel, um jovem que como a própria tradução já aponta é incompreendido principalmente por duas das principais instituições da sociedade: A escola e a família.

O primeiro aspecto a ser analisado é a trilha sonora, Truffaut utilizou da música incidental para criar uma criar a atmosfera presente no filme durante grande parte do filme, este elemento contribui para que os telespectadores embarquem no universo fílmico em sua totalidade. A música acompanha o personagem principal de modo que podemos observar outros elementos tais como a Montagem

A utilizar a montagem narrativa linear, Truffaut permite que conhecêssemos o enredo sobre a perspectiva do jovem Antoine (Jean-Pierre Léaud), suas angustias e sentimentos.

Neste momento, Truffaut utiliza outro artifício: O movimento de câmera panorâmica acompanha o protagonista, descrevendo o ambiente em que ele se encontra.
 
Para evidenciar o sentimento de inadequação vivido pelo protagonista, principalmente nas cenas ocorridas no ambiente escolar neste momento é utilizada a câmera alta (plongeé) para demonstrar a opressão de Antoine perante seu professor.

Outro momento em que esse recurso é utilizado é quando a mãe de Antoine (interpretada por Claire Murier  vai ao reformatório visitá-lo, para dizer a ele que desistiu dele.

Por outro lado nas cenas em que Antoine aparece cometendo pequenos delitos ou faltando aula, acompanhado pelo amigo René, é utilizado a câmera baixa (contra-plongeé), com o intuito de demonstrar o espírito livre e rebelde de Antoine.

A cena final é no mínimo instigante: Antoine foge do reformatório, a câmera Panorâmica acompanha o seu trajeto, até que ele entra no mar, brinca e o filme termina com Antoine “encarando” o telespectador. É realmente uma maneira singular de terminar o filme.

Segunda parte da análise:
 Incorporar e entender os elementos:

O filme “Os Incompreendidos” é claramente uma obra com um sentido emocional antes de tudo. Ele (O filme) arrebata o espectador pela identificação com o universo fílmico e neste aspecto, a música tem papel fundamental no sentido de que ela “Guia” o protagonista e exprime através do som seus sentimentos e questionamentos.

Porém a música não trabalha sozinha, em conjunto com a montagem (a organização da cena, os planos...) para alcançar o objetivo desejado. A montagem neste caso é linear, o que permite que acompanhamos a vida de Antoine  em “tempo real”, a música então funciona como um “apoio” a montagem e sobretudo ao enredo. A música é um dos principais (se não o principal) responsáveis pelo processo de imersão do espectador no filme.

Com o espectador tendo comprado a idéia (assistir ao filme) , é necessário ambientá-lo.

Para isso entra em ação o movimento de câmera panorâmica que descrevendo os  ambientes pelos quais Antoine passa nos permite compreendê-lo com mais clareza.

Os ângulos de câmera plongeé e contra-plongeé são utilizados para evidenciar os momentos de inadequação ,tanto na escola , quanto na família (plongeé) e os momentos de liberdade ao lado do amigo René . Assim conhecemos as “duas faces” da personalidade de Antonie : por um lado um jovem “rebelde” por outro um adolescente comum a fim de estabelecer laços.Todos estes elementos constituem juntos a beleza de “Os Incompreendidos”.

De modo geral podemos dizer que a trilha “nos convida” a assistir , a montagem “nos arrebata” , os movimentos de câmera nos introduz a historia e os movimentos de câmera nos geram compaixão e carinho pela historia


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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Fita Branca



Investigar as origens do nazismo. Esta é o tema proposto em “A fita Branca” (Das Weisse Band), dirigido por Michael Haneke.
O filme se passa em um pequeno vilarejo na Alemanha, onde tudo corria em “harmonia” até acidentes inexplicáveis começarem a acontecer. Digo “harmonia”, porque a violência já está presente, embora não seja explicita aos olhos dos outros.
O filme tem inicio quando o medico da região (Reiner Bock) sofre um acidente ao cair do cavalo, após se enroscar em um arame aparentemente invisível, o desaparecimento misterioso do filho do Barão (Ulrich Takur), Martin (Leonard Proxauf).
Enquanto isso o celeiro é misteriosamente incendiado e o filho do barão é encontrado com marcas de violência também sem explicação.
Acontece que todos esses acontecimentos são utilizados para desviar a atenção dos moradores para os atos cometidos por aqueles que para o povo estão acima de qualquer suspeita, O barão (Ulrich Takur) é um homem frio que acredita na violência como método de disciplina e o aplica sem dó nem piedade em seu lar e no trabalho.
O medico da cidade por sua vez mantêm um caso extraconjugal com a empregada e abusa sexualmente da filha Anna (Roxanne Duran), além de supostamente ter assassinado a falecida esposa.
Outro homem importante no vilarejo é o pastor (Burghart Klaussner) que sem empenha em garantir a pureza de seus filhos, em especial a de gustav (Thibault Série), quando este começa a se masturbar.
A única pessoa que parece enxergar a raiz dos mistérios acontecimentos é o professor de piano da cidade (Christian Friedel), porém suas teorias sobre o verdadeiro autor das atrocidades o levam a ser visto como um louco.
Com uma visível crítica ao moralismo aos métodos disciplinares, a força de trabalho entre outros infinitos assuntos constitui o panorama traçado pela “A fita Branca”, sobre o período anterior a primeira guerra mundial.
O diretor Michael Haneke tem o claro objetivo de nos provocar, e ele consegue isso no bom e no mau sentido e ele consegue isso. Seja pela fotografia em preto e branco que se revela perturbadora e irritante ao telespectador ou pelo ritmo monótono em que avança a narrativa cansando o telespectador propositalmente.
O fato é que Michael Haneke provoca tanto com o objetivo de causar reflexão, que não chega a lugar nenhum.
Ao colocar nas mãos do telespectador o compromisso de acreditar (ou não) na historia contada (como diz o narrador: “eu não sei se a historia que vou contar aconteceu mesmo” .) Michael Haneke instiga o espectador a descobrir a verdade , embora seus objetivos caiam por terra, quando provoca tédio no espectador com a forma de narrativa e artimanhas usadas e isso deve em especial a fotografia utilizada no longa : Escura demais.
Michael Haneke fez essa escolha para colocar a capacidade de condução do longa em seus atores. E ele realmente tem em “A fita branca” atores fortes, com uma densa capacidade dramática. Mas as brilhantes atuações não tiram a sensação de que a historia poderia ter tomado um rumo diferente (dramaturgicamente falando).
O final confirma todas as minhas suspeitas: não há clímax e muito menos uma resolução plausível. Ai eu me pergunto: Foi proposital deixar o fim entreaberto ou o diretor Michael Haneke deu tantas voltas que já não tinha mais pra ir.
A sensação que fica de “A fita branca” é que um tema que deveria ter tido outra abordagem, o tema delicado e interessante foi jogado fora.

sábado, 22 de outubro de 2011

Blow Up-Depois Daquele Beijo


Blow Up – Depois daquele beijo (Blow Up, no original) é um filme de 1966 dirigido por Michelangelo Antonioni. Trata-se de uma adaptação do conto “As Barbas Del Diablo de Julio cortaz.
Blow Up conta a historia de Thomas (David Hemmings), um renomado fotógrafo de moda que apesar de seu trabalho possui um grande apreço por fotografar cenas do cotidiano.
Thomas está preparando um livro com fotos tiradas ao acaso e resolve fazer um passeio a fim de enriquecer seu livro. Ao tirar fotos aleatórias acaba fotografando um casal se beijando. O casal fotografado demonstra-se irritado e a moça fotografada passa a persegui-lo incessantemente. Começa ai a trama de Blow Up – Depois Daquele Beijo.
Thomas se divide entre a preparação para seu livro e o trabalho na indústria da moda. Ao fotografar o beijo do casal acaba se atrasando para sua sessão de fotos com a Top Model Veruschia (em participação especial como ela mesma.)
Agora Thomas tem que lidar com a perseguição de Jane (Vanessa Redgrave), a moça da foto que oferece seu corpo em troca da foto, além disso, Thomas tem que lidar com duas modelos iniciantes, uma delas Patrícia (Sarah Milles) que tentam seduzi-lo em busca de um lugar ao sol.
Intrigado com a insistência de Jane em obter os negativos, Thomas começa a observar as fotos detalhadamente e descobre que pode ter fotografado sem querer um assassinato.
Neste momento começa a curva psicológica do protagonista com sua obsessão pela verdade. Mas de inicio já temos dois problemas: 1) O roteiro é arrastado demais e a trama de “Suspense” demora a se desenrolar. (2) O protagonista Thomas (David Hemmings) é totalmente sem carisma, o que é um erro tendo em vista que a trama do filme se desenrola a partir de seu ponto de vista.
Se a intenção do cineasta Michelangelo Antonioni em seu primeiro filme inglês ele errou feio. Michelangelo pecou em centralizar a historia do filme em um protagonista sem carisma, colocando os outros atores do elenco (que já é pequeno, diga-se de passagem) para atuar como meros figurantes de luxo.
O diretor também não oferece ao telespectador uma linha investigativa a qual ele possa acompanhar e os planos ora longos, ora curtos também não favorecem. A trama de suspense (que a essa altura permeia todo o filme) não tem um final, deixando a desejar.
Também vale comentar a cena deplorável (não existe outra palavra para defini-la) de insinuação sexual protagonizada por Tomas e as duas modelos, eles pareciam animais acasalando (totalmente dispensável)
Enfim Blow Up foi um filme que para mim deixou muito a desejar.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Cria cuervos


Eu sei , eu sei que eu prometi que o proximo post ia ser sobre "When you´re strange , o documentario sobre a banda The Doors , dirigido por Tom Dicillo . Mas houve uma mudança inesperada de planos: Meu professor pediu que fizéssemos uma crítica sobre "Cria Cuervos" do diretor Carlos Saura como parte dos nossos estudos sobre Cinema Espanhol. Abaixo segue a crítica.


Cria cuervos é um filme espanhol de 1976 dirigido por Carlos Saura. O filme conta a historia de Ana que aos nove anos lida muito prematuramente com a morte de seus pais. Já adulta ela relembra a infância com melancolia e com a com a certeza que a morte é uma constante em sua vida.
Cria cuervos do diretor espanhol Carlos Saura é um belíssimo filme que trabalha a temática da morte através da perspectiva de uma criança Ana (Ana Torrent) que após perder aos pais em um curto espaço de tempo passa a morar junto as suas irmãs Irene (Conchita Peréz) e maite (Mayte Sanchez). Elas passam a morar na companhia de uma tia extremamente ligada aos valores morais e rígidos, Paulina (Mónica rendall), uma avó muda e imóvel (Josefina Diaz) e da fiel empregada da família Rosa (Florinda Chico).
A maneira com a qual Carlos Saura trabalha a questão da morte neste filme é no mínimo interessante. Ao focar a historia em Ana (Ana Torrent), Saura trabalha a perda da inocência e a capacidade de perceber as coisas de uma maneira singular que as crianças possuem.
Um grande acerto de Saura é fazer com que a narrativa aconteça com foco na narrativa de Ana (Ana torrent). Desta maneira ela vai percebendo a fragilidade daquela instituição chamada família, que antes parecia perfeita.
O uso do som no filme é extremamente importante, pois estão diretamente ligadas as emoções da protagonista, desta maneira dando direção e sentido a historia.
Constituído principalmente de flashbacks das lembranças de Ana com a mãe (geraldine Chaplin) em conversas um tanto filosóficas, essas seqüências são carregadas de fatores sobrenaturais. Geraldine alias, interpreta duas personagens : A mãe de Ana e Ana quando adulta.
Os flashbacks às vezes se misturam a narrativa do “tempo presente” até alcançar o clímax. Assim Saura se utiliza da montagem paralela, como forma de contar a historia.
O filme inicia-se de uma maneira interessante e um pelicular: Ana “conta” sua vida através de um prólogo constituído de fotografias, o que eu acredito que tenha sido uma alternativa bastante inovadora para época.
Um detalhe curioso é que Carlos Saura escolheu narrar a historia com foco em Ana (Ana Torrent), a irmã do meio não a mais velha, Maite (Mayte Sanchez). Seria uma justificativa de como foi Ana que presenciou a morte da mãe, essa experiência a tornou mais madura. Afirmando embora nas entrelinhas que são as experiências vivenciadas por uma pessoa ao longo da vida que a fazer ser madura ou não. Deixando claro que idade e maturidade nem sempre caminham juntas.
Ainda em relação à morte dos pais de Ana, a morte do pai Anselmo (Hector alterio) ela não é mostrada, neste caso o diretor utiliza-se de uma elipse de conteúdo, com o objetivo de evitar repetições já que a morte da mãe de Ana já foi mostrada (em cenas bastante fortes, diga-se de passagem). Após a cena da morte da mãe de Ana é dado um “salto” no tempo e mostra Ana e suas irmãs já sobre a custodia da tia Paulina (Monica Randall). Neste momento o diretor utiliza-se do outro tipo de elipses, a elipse de tempo, com o objetivo de ocultar ações sem importância para o desenvolvimento da narrativa.
Enfim, Cria cuervos é um filme que permite reflexão e discussões infinitas. O filme possui muitas metáforas e toda uma relação com a temática da morte muito bem trabalhada.

domingo, 21 de agosto de 2011

The Doors



 Um musico ou um poeta? Os dois. Assim era Jim Morrison, vocalista da banda The Doors, mais que um musico um símbolo de uma geração, um verdadeiro mito.

È isso que o diretor Oliver Stone procurou mostrar no filme The Doors, que narra à trajetória do grupo e do seu vocalista Jim Morrison.

O filme mostra Jim (Val Kilmer), um estudante de cinema da universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), admirador e escritor de poesia que tem suas ideias incompreendidas, admirador de literatura e usuário de drogas que em conjunto com o colega Ray Manzarek (Kyle lachlan) decide formar uma banda de rock após Ray ouvi-lo recitar os famosos versos “Let´s swin to the moon, let´s climb through the tide, penetrate the evening that the city sleeps to hide”. Eles decidiram então formar uma banda, Juntamente com Rob Krieger (Frank Whaley) e John Densmore (Kevin Dillon).

Para o nome da banda Jim buscou inspiração na obra “The Doors of perception” de Audous Hulex, que por sua vez se inspirou na frase de William Blake “if the doors of perception were cleansed, everything appear to man as it is, infinite” (Se as portas da percepção estivessem abertas, tudo apareceria para o homem como são infinitas.).

Esta frase sintetiza tudo que Jim estava vivendo no momento. 

Vivia perambulando pelos cantos , compondo , escrevendo poesias e principalmente abusando de álcool e drogas ao lado de sua namorada Pámela Courson (Meg Ryan), com o objetivo de alcançar um estado de pureza da mente.
 Quando desponta para o sucesso com um misto de poesia e musica presente em suas letras. O ídolo abominava a fama e a ostentação. Todavia ele literalmente enlouquecia seus fãs com o vigor e apelo sexual que obtinha no palco, mesmo contra a sua vontade. O longa mostra o jovem idealista, questionador se transformar em um ídolo e o ídolo virar um mito com sua morte precoce aos 27 anos.

Em 1991 após 20 anos de tentativas, o diretor Oliver Stone conseguiu levar para as telas um filme sobre a famosa banda dos anos 60 e seu vocalista Jim Morrison. Porém optou por fazer uma versão romanceada dos fatos, distorcendo a realidade, o que acarretou um monte de críticas dos fãs e dos integrantes dos doors por ser inverossímil. Stone retratou Morrison como um louco e Pámela como uma pessoa pura. Morrison não era santo. Mas o filme o retratou como um sociopata descontrolado chegaram a declarar os integrantes remanescentes dos doors. Pámela interpretada brilhantemente por Meg Ryan é retratada quase como uma santa, é calma, caseira, muito família e que principalmente não usa drogas. Um retrato distante do real, pois é sabido que Pámela era uma jovem reclusa, antissocial e com uma vida sexual ativa. Pámela usava drogas tanto que morreu vitima de uma overdose fatal de heroína.


O diretor peca por focar o enredo do filme exclusivamente em Jim Morrison, colocando os outros integrantes dos doors em posições pouco favoráveis dentro da narrativa, tanto que eles só aparecem para fazer “figuração de apoio”. Era mais justo se Stone fizesse um filme sobre Jim Morrison, não sobre os the doors. Certamente soaria mais honesto.



Stone apresentou uma versão estereotipada de Jim Morrison e Pámela Courson, contudo a interpretação visceral de Val Kilmer torna isso quase imperceptível. Já Meg Ryan compra a ideia do diretor e construí uma versão romantizada de Pámela Courson, e fez sua visão de Pámela com afinco e encanto, embora distante da original.  .


Oliver Stone lançou-se de todos os artifícios possíveis para tornar The Doors, um filme de sucesso, para que quando o espectador assistisse ao filme embarcasse em uma espécie de “viagem psicodélica” que não fosse possível parar antes do fim.




















quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Elefante



Bullying, um tema tão na “moda” hoje em dia, mas que existe desde que o mundo é mundo. Discriminação, exclusão, violência verbal, física e psicológica são apenas algumas formas de se praticar bullying. Eu já sofri e mentiria se falasse que não senti vontade de revidar, mas me senti incapaz e diminuído, assim acabei utilizando da autoridade escolar para resolver a questão.
Assim como aconteceu comigo, muitas das praticas de bullying ocorre no ambiente escolar. É o que retrata o filme Elefante (Elephant), escrito e dirigido por Gus Van Sant. Livremente inspirado no massacre de columbie, gus, narra este filme através da perspectiva de 10 jovens, a fase de transição da adolescência. Narra também à motivação de dois jovens Eric e Alex que sofrem bullying na escola, se sentem humilhados e planejam e executem o massacre com o intuito de se vingar.
Os jovens:
- nathan e carrie: Casal de namorados com uma suspeita de gravidez
- Elias: Jovem aspirante a fotografo
- John: Garoto com pai alcoólatra
- Eric e Alex: Dois adolescentes que sofrem bullying e como vingança cometem o massacre.
- Arcádia: adolescente lésbica que freqüenta um grupo de apoio a causa homossexual
- Britanny, Jordan e Nicolle: Garotas com distúrbios alimentares
-Benny: um estudante que pratica atletismo.
- Michelle : adolescente com problemas com a aparencia. Têm dificuldade em praticar esportes.


Gus Van Saint é um diretor com atração por temas polêmicos. Suas obras têm referencias a homossexualidade, depressão, juventude entre outros. Gus retorna ao tema da juventude com este filme, livremente inspirado no massacre de columbine, formando a “death trilogy”, sendo “elefante” o segundo da trilogia, e o terceiro “Last days”, os três baseados em fatos reais.


Elefante é um filme de temática densa e tem a marca “Gus van Saint” dessa vez se baseando no massacre de columbine, Gus realiza um paradoxo da juventude e da violência presente nas escolas.

A direção de Gus confere ao filme uma atmosfera dinâmica. A montagem paralela utilizada no filme permite que acompanhamos a perspectiva de diferentes personagens ao mesmo tempo. Alias cada vez que o ponto de vista de um novo personagem é apresentado, a tela fica preta e com o nome do personagem do qual acompanharemos o ponto de vista. O elenco aliás é um show a parte, a maioria deles em seu primeiro trabalho no cinema. A falta de experiência do elenco jovem conferiu ao filme uma interpretação mais realista, Todos estão bem em seus respectivos papeis, mas do elenco destaco John Robinson (John, o garoto com pai alcoólatra), Kristen Hicks (Michelle, a nerd que tem problemas com a aparência e dificuldade em praticar esportes, Alex (Alex Frost, um dos jovens que sofrem bullying, planejam e executa o massacre) e Eric (Eric Duelen, o outro assassino que sofre bullying, planeja e executa o massacre como vingança.



Só uma coisa me incomodou no filme: O uso excessivo de Flashbacks. Não há necessidade de tantos flashbacks para evidenciar o que virá a seguir e criar tensão dramática. E o que é pior: 4 flashbacks da mesma cena. Totalmente desnecessário. Mas fora esse pequeno deslize, Elefante é um grande filme, que vale a pena ser visto e re-visto muitas vezes.
Ah, uma informação Importante : Elefante ganhou a Palme d´Or (Palma de Ouro) de melhor filme no festival de Cannes em 2003.







sábado, 6 de agosto de 2011

Assalto ao Banco Central


Em 2005 164,7 milhões foram roubados do banco central de fortaleza de uma maneira, no mínimo impressionante. Em uma operação cuidadosamente planejada, Não dispararam tiros, nem alarmes. Ao contrario, cavaram um túnel sobre o banco e roubaram sem serem vistos. O assalto foi considerado cinematográfico e não é pra menos que o fato seja adaptado para o cinema.
Foi o que fez o diretor marcos Paulo em sua primeira experiência como diretor de cinema, ao reproduzir neste filme de ficção baseado em fatos reais, aquele que foi considerado o maior assalto a banco do século. O filme tem argumento de Antonia Fontenelle (que faz uma ponta no estilo “pisca o olho você perde”) e com roteiro de René Belmonte.
A historia começa quando barão (Milhem cortaz) e sua companheira Carla (Hermila Guedes) reúnem um grupo com o objeto de assaltar o banco central de fortaleza. O grupo composto essencialmente por barão, Carla, Léo (Heitor Martinez), e Mineiro (Eriberto Leão). O grupo se esconde na fachada de “empresa de grama sintética”, desta maneira intrigando a policia
O diretor Marcos Paulo (em sua primeira experiência cinematográfica), fez questão de ressaltar que o filme é uma obra de ficção baseado em fatos reais, desta forma se exime de qualquer comparação dos personagens com os criminosos reais, a única semelhança é a função dos personagens dentro do bando.
Com ares de superprodução e com elenco estrelar o filme derrapa já em seus primeiros momentos, onde fica claro o seu argumento inconsistente, afetando, portanto o seu roteiro. Mas nem tudo no filme é ruim, o elenco é extremamente competente com destaque para Milhem Cortaz, que interpreta o chefe do bando com naturalidade e sem caricaturas, construindo um cara ardiloso, um verdadeiro psicopata. Hermila Guedes constrói Carla com uma interpretação cuidadosa, lapidada, o que resulta na interpretação da perfeita “mulher de bandido”, uma verdadeira “bitch”. Eriberto Leão é outra grata surpresa como o bandido Mineiro, embora demore um pouco para encontrar o tom de seu personagem, mas quando isso ocorre vimos um mineiro carismático, articulador e sedutor na medida certa. O que confirma o que eu já sabia: Eriberto é um dos melhores e mais versáteis atores que temos atualmente.
A direção de Marcos Paulo deixa claro a influência televisiva em sua obra. Um grande erro do diretor é o uso excessivo de flashbacks e flashsorwards na montagem, desta forma impedindo que o filme alcance tensão dramática.
A sucessão rápida de planos é prejudicial para a narrativa do filme, pois faz que os telespectadores fiquem “divididos” com a falta de foco na narrativa apresentada.
A montagem como eu já disse é sem duvida o maior erro do filme. Marcos Paulo optou por utilizar montagem paralela (quando ocorrem planos alternados), porém o diretor fez mal uso do estilo de montagem escolhido, pois quando ocorre à sucessão de planos é justamente nas cenas de maior tensão dramática, o que quebra a narrativa do filme, deixando os telespectadores sem entender o que se passa e impede que o filme atinja o clímax.
Outro deslize é o uso de clichês no roteiro (Desde quando para demonstrar a personalidade manipuladora de um personagem é necessário colocá-lo jogando xadrez com caras e bocas no estilo “Rei do crime”)?
Voltando ao elenco não posso esquecer de ressaltar o trabalho de Heitor Martinez, como o violento Léo. Por outro lado o filme desperdiça ótimos atores como Cadu Fávero, Fabio Lago e Gero Camilo por exemplo.
Analisando o filme como um todo, “Assalto ao banco central” acumula tanto pontos positivos quanto negativos. A idéia da realização deste tipo de filme pode ser considerada um respiro na atual produção cinematográfica brasileira, que em sua grande maioria aposta em filmes policiais e suspense com violência explicita e gratuita, talvez inspirado pelo enorme sucesso de “Tropa de Elite”, pois apesar de explorar o mesmo filão segue um caminho completamente diferente. O elenco é outro ponto forte no filme. Reúne vários atores talentosos, é uma pena que alguns deles tenham seu talento desperdiçando.
Dos pontos negativos posso ressaltar principalmente a montagem e o roteiro. A montagem impede que o telespectador crie uma identificação com o filme. Este foi o principal erro do diretor Marcos Paulo em sua estréia na direção cinematográfica. Na tentativa de realizar um “blockbuster” e agradar as massas, ele tentou criar um filme dinâmico, mas Marcos Paulo dá “Um tiro no Próprio Pé” ao eliminar as cenas de suspense justamente quando se pode atingir o clímax. Quanto ao roteiro não preciso dizer muito. apenas que é uma sucessão de clichês sem tamanho que claro são conseqüência de seu argumento inconsistente.
Assalto ao Banco Central é um filme que poderia render muito mais do que rendeu (e ainda rende, pois ainda está em cartaz) se fosse melhor trabalhado e se seu diretor Marcos Paulo tivesse mais experiência. Na minha modesta opinião marcos não deveria ter dirigido um filme de grande porte como esse logo em seu primeiro filme como diretor. Pois dirigir um filme como esse requer experiência, o que obviamente ele ainda não tem. Outro erro do diretor é que ele deixou os vícios provenientes do seu trabalho na televisão interferirem na direção do longa. Mas seremos justos: 1) Marcos Paulo é um grande diretor de atores. 2) A estética utilizada no filme é perfeita. É realmente digno de uma superprodução.
O maior mérito de “Assalto” talvez seja mostrar que o Brasil tem sim competência de realizar uma grande produção. Este é apenas o primeiro filme de Marcos Paulo e até aqui ele contabiliza erros e acertos na mesma medida. Confesso que sai do cinema querendo mais , não completamente satisfeito. Espero pelos próximos capítulos.
Obs: A crítica foi refeita com objetivo de ser apresentada como atividade na universidade onde estudo Cinema.

domingo, 31 de julho de 2011

O Invisivel

O curta que eu e meus colegas produzimos na disciplina fotografia para cinema e video semestre passado. Assistam. Aula recomeça amanhã , passou muito rapido.

sábado, 11 de junho de 2011

Piratas do Caribe: Navegando em águas Misteriosas



Piratas do caribe: navegando em águas misteriosas (pirates of caribbean: on stranger tides, no original) é a quarta seqüência da famosa franquia de sucesso da Disney piratas do caribe.
Neste quarto filme o capitão Jack sparrow (Johnny Depp), viaja a Londres para tentar localizar quem tentar se passar por ele.
O impostor foi a Londres procurar pela fonte da juventude e Jack esta no seu encalço. Jack primeiro resgata seu companheiro joshamee gibbs (Kevin mcnally), contudo eles são capturados pelo rei George segundo (Richard griffiths). Jack consegue escapar e recebe um aviso de seu pai, capitão teague (Keith Richards) que o avisa sobre a fonte da juventude e Jack parte em missão.
Jack então descobre que o impostor é angélica (Penélope cruz), um amor do passado, filha do capitão barba negra (Ian mcshane), um homem com poderes sobrenaturais e que pratica magia voodoo.
Jack continua sua busca pela fonte enquanto trava uma relação de amor e ódio com angélica.
A superprodução da Disney chega a sua quarta seqüência com fôlego e historia para produzir um bom filme. Eu disse um bom filme, não um filme ótimo. O roteiro é linear e utiliza de cenas de luta e do mundo de fantasia, alem de fazer referências a mitologia e a literatura fantástica á exaustão. Isso é natural de acontecer afinal um serie de filmes precisa (pelo menos tentar) se reinventar para manter o interesse do publico ao longo do tempo.
O resultado visto é um filme interessante que prende o espectador. A direção apresenta falhas como o uso excessivo de grandes planos gerais, planos gerais, planos de conjunto e detalhe.
O diretor Rob Marshall não ousa sair da “zona de conforto” e acaba por se tornar repetitivo. Isto a meu ver se deve em parte a falta de familiaridade de Marshall com a serie, visto que é o primeiro filme da mesma que dirige.

Quanto ao elenco, Johnny Depp volta a encarnar Jack sparrow, personagem que imortalizou. A interpretação de Johnny tem uma clara inspiração já declarada no guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards que reprisa o seu papel como Pai de Jack sparrow com maestria e talento excepcionais (ele já havia interpretado o pai de Jack no terceiro filme da serie, piratas do caribe: o fim do mundo.)

quanto ao par romântico de Johnny Depp no filme, Penélope cruz, lhes falta química e o sotaque espanhol de Penélope atrapalha.

Analisando o filme como um todo, eu concluo: assisti a um bom filme, com roteiro linear, mas esforçado em surpreender, uma bela fotografia, um elenco afinado (salvo uma exceção excepcionalmente.), e um diretor medroso. Contudo é um filme agradável que cumpre o que se propõe (transportar o espectador para um mundo de fantasia.) e é claro Johnny Depp, mais sem ele esse filme não exstiria.

Cry-Baby



Cry-baby (cry-baby, no original) é um filme de 1990, do gênero musical dirigido por John Waters.
O filme conta a historia de wade ´´cry-baby ´´ waker (Johnny Depp) um rebelde órfão líder de uma gangue conhecida como os ´´drapes´´.
ele e sua Irmã pepper (ricki lake) são criados por seus tios desde a morte de seus pais e com eles formam uma família fora do comum.

Wade é um respeitado líder de seu bando, do qual fazem parte alem de sua Irmã, lenora (Kim webb), uma rebelde completamente apaixonada por ele.

Contudo wade se apaixona Por alisson Vernon- Willians (Amy locane) uma respeitada moça rica, também órfã criada pela a avó senhora Willians (polly bergan), uma rica senhora, que ministra aulas de etiqueta.
A senhora Willians tem ojeriza ao relacionamento de alisson com cry-baby, mas acaba convencida ao ver a paixão mutua que une wade e alisson.

Alisson pertence a um grupo conhecido como ´´ squars. , que ao contrario dos ´´drapes´´ é conhecido pelos bons modos e tem boa reputação. Cansada da aparente mesmice de sua vida, ela se sente atraída por cry-baby, mas para ficarem juntos eles vão ter que enfrentar leonora e Baldwin (Stephen mailer), um membro dos squars, namorado de alisson.

O filme se passa em Baltimore, Maryland nos anos 50 e a estética, o comportamento e principalmente a trilha sonora remetem a essa época.

Trata-se de um dos primeiros filmes do ator Johnny Depp, e neste momento já é possível perceber o inegável talento do ator principalmente nas cenas de canto e dança, mas existe um boato de que não foi Johnny e nem sua colega Amy locane (alisson) que fizeram as cenas de canto. Fato esse que eu desacredito, pois pra quem não sabe Johnny antes de ser ator já era um musico.
Quanto a Amy não posso afirmar nada, pois não sei se canta, mas acredito que seja ela mesma nas tais cenas, pois se você se propõe a fazer um musical você tem que saber cantar.

O filme é uma parodia dos filmes teens em alta na época, principalmente Greasse.

A direção de John Waters é ousada para a época, pois ele dirige o filme como se tivesse orquestrando uma apresentação musical.
É visível a influencia de James dean no personagem cry-baby.

Na fotografia predomina o uso de close- up, plano americano e meu primeiro plano que se alternam.

Cry-baby é um filme que não fez um sucesso imediato quando foi lançado, mas aos poucos foi conquistando fãs e acabou de tornando um clássico do cinema alternativo e um filme Cult.

Titãs – A vida até parece uma festa

Titãs – a vida até parece uma festa é um documentário brasileiro dirigido por branco Mello e Oscar Rodrigues Alves sobre a banda de rock brasileiro titãs e lançado em 2009.

O filme foi dirigido pelo vocalista e baixista da banda, branco Mello em parceria com Oscar Rodrigues Alves.

O filme retrata desde o período de formação da banda em 1981 ate os dias atuais, contando através de uma narrativa não – linear a trajetória da banda.

Para isso, branco e Oscar utilizaram gravações de programas de TV, bastidores de gravações de discos, shows, vídeo clipes alem de arquivo pessoal.

Desta maneira retrata os acontecimentos da carreira da banda como o disco experimental “Televisão”, a prisão do guitarrista Tony Bellotto e do vocalista Arnaldo Antunes (o primeiro por porte e o segundo por trafico de heroína.), o sucesso do álbum ´´ cabeça dinossauro, a substituição de Andre Jung por Charles garvin, a saída dos integrantes Arnaldo Antunes e Nando reis e o falecimento de Marcelo fromer entre outras.

Pelo fato do documentário não possuir uma ordem cronológica, são constantes as “viagens no tempo” retornando a um acontecimento antigo relacionado a um acontecimento mais recente.

O documentário foi feito em um estilo “artesanal” , e para mim ai esta um dos seus grandes atrativos.
Outro diferencial do documentário é que foram utilizadas gravações atuais dos membros falando sobre determinado fato ocorrido no passado, fazendo um link passado- presente desta maneira abolindo o usual” perguntas respondidas “em uma entrevista.
O resultado de tudo isso é um documentário artesanal extremamente bem cuidado e dirigido.

Quando algum convidado é entrevistado ele simplesmente fala criando um grau de intimidade nunca visto antes em documentário.

Devo confessar que eu não era extremamente fã da banda titãs, apenas de algumas musicas, do guitarrista e escritor Tony Bellotto e do ex-titã nando reis, claro que eu sabia que algumas das musicas que o Nando canta em seus discos solo (e que eu adoro) são da época dos titãs, mas nunca havia feito a associação.

Por fim concluo que os titãs é uma das maiores bandas do rock nacional e eu sou a partir desse momento fã incondicional. Assistam ao trailer e vejam o documentário que esta disponível no youtube.