segunda-feira, 7 de maio de 2012

Fahrenheit 451





















Em seu primeiro filme em língua inglesa, François Truffaut fez uma leve crítica à maneira de como o governo trata as questões da educação e da cultura-ainda que nas entrelinhas. O resultado é outro filme poético do diretor.









Em uma época futura, os livros e toda a forma de escrita são proibidos pelo governo que adota um regime totalitário. Os livros e a escrita são proibidos pelo governo sob o argumento de que estes hábitos fazem as pessoas entrarem em contato com sentimentos ruins. Além disso, os livros segundo o governo torna-se um vicio fazendo as pessoas improdutivas. Para combater as infrações a esta lei, existe um corpo de bombeiros responsável por queimar toda a forma de escrita existente. Porém um destes bombeiros, Guy Montag (Oskar Werner) conhece uma linda e simpática professora, Clarisse (Julie Christie), que o leva a questionar o sistema e a adquirir o habito da leitura. Assim Guy entra em conflito com a corporação e principalmente com a esposa Linda (Julie Christie).














Em seu primeiro (e único) trabalho em língua inglesa, François Truffaut adaptou o romance futurista de Ray Bradbury. Fahrenheit 451 foi também o primeiro filme colorido do diretor, elemento bem utilizado no filme. Com seus planos longos e a belíssima musica incidental, Truffaut e os roteiristas Jean-Louis Richard, David Rudkin e Helen Scott centralizaram a trama em poucos personagens: o bombeiro Guy Montag, sua esposa Linda, a professora Clarisse (ambas interpretadas por Julie Christie) e o capitão do corpo de bombeiros (Cyril Cusack).














Com planos longos, uma característica marcante dos filmes de François Truffaut, excessivos flashbacks e uma narrativa linear lenta, utilizada propositalmente. Truffaut utiliza com frequência o movimento de câmera panorâmica, já que o propósito do filme é “acompanhar o personagem”, neste caso Guy Montag (Oskar Werner).



















A direção de François Truffaut é repleta de sensibilidade e delicadeza, Truffaut utiliza dos elementos de linguagem e de uma atmosfera pessimista para recriar o mundo futurista presente na narrativa. Truffaut como já era de se esperar fez uma primorosa direção de atores (talvez esse seja o motivo do elenco ser tão enxuto.).



















Como o filme é centrado principalmente no personagem Guy (Oskar Werner) ele é a figura do narrador “In” presente no filme.









A fotografia a cargo de Nicolas Roeg usou e abusou de cores vivas e bem vibrantes. Inclusive para enfatizar este marco na cinematografia de François Truffaut: seu primeiro filme em cores. Uma pena que às vezes os tons utilizados em algumas cenas destoem do resto do filme.











Fora este pequeno percalço, Fahrenheit 451 é um deleite para aqueles que têm a sensibilidade aguçada, é um trabalho que da ênfase as particularidades humanas (marca recorrente do diretor). François Truffaut também faz uma ode à importância da cultura e uma leve critica aos sistemas educacionais impostos pelo governo-ainda que nas entrelinhas. O resultado é outro filme poético do diretor.






Ps: Na ultima cena o ator Oskar Werner após se desentender com o diretor François Truffaut , pintou o cabelo para causar um erro proposital de contiunidade.




























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