domingo, 6 de maio de 2012

Crítica : O diário de um jornalista Bêbado




Novamente Johnny Depp encarna um personagem de uma obra de Hunter S. Thompson. Desta vez, em o diário de um jornalista bêbado, Depp interpreta Paul kemp, um jornalista idealista com uma visão um tanto romântica de seu oficio, com uma personalidade autodestrutiva que tem no álcool um grande apoio.







Paul kemp (Johnny Depp) é um jornalista nova-iorquino, que se muda para porto rico para trabalhar em um jornal local, lá é obrigado por seu editor, Lotterman (Richard Jenkins), a deixar de lado o romantismo e a ideologia de sua profissão, para trabalhar em um jornal “comercial” que luta para se manter aberto apelando para o merchandising. No meio disso tudo, Paul procura o equilíbrio na sua relação com o álcool, e pra aumentar seus problemas intermináveis, precisa administrar seu novo interesse amoroso, Chenault (Amber Heard), noiva de um empresário para quem trabalha Sanderson (Aron Eckhart), que contrata Paul com o objetivo de que ele escreva artigos “comprados” a respeito de negócios imobiliários, contrariando mais uma vez os ideais de Kemp, que demonstra sua inadequação perante o sistema e a perda de seus ideais em noite regadas a rum ao lado do amigo fotografo Bob Sala (Michael Rispoli) e do desequilibrado Moburg (Giovanni Ribisi).







Com um elenco relativamente pequeno, era de se esperar que Bruce Robinson, roteirista e diretor de o diário de um jornalista bêbado, trabalhassem melhor na construção dos personagens e na sua profundidade, mas não é isso o que acontece em “O diário de um jornalista bêbado”.



Não se engane Bruce construiu um Paul Kemp com maestria e Johnny Depp o interpretou brilhantemente, com todas as nuances do personagem e seu espírito transgressor, mas Bruce pecou em construir personagens coadjuvantes superficiais, sem as mesmas nuances que o personagem Paul tem. São personagens que não possuem complexidade, mal construídos a primeira vista.



O mesmo não acontece na direção, Bruce é competente ao criar uma narrativa ágil e dinâmica com sucessão rápida de planos e deixa implícito na tela os sentimentos de Hunter S. Thompson em seu alter-ego.



A direção de arte merece elogios por recriar a atmosfera da década de 1960 com perfeição.



Ao elenco além de Johnny Depp, destacam-se Richard Jenkins (lotterman), Michael Rispoli (Bob Sala) e Giovanni Ribisi como o atormentado Moberg.





O diário de um jornalista bêbado apresenta ao publico, um retrato de Hunter S.

Thompson ainda virginal, porém já contestador e nos ajuda a compreender porque ele faria a revolução que fez ao lançar seu livro mais famoso, “Medo e delírio em Las Vegas”.


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