terça-feira, 21 de maio de 2013

Rolling Stones –Shine a Light






 Os Rolling Stones é uma das principais bandas de rock inglesa (se não a maior) tendo alcançado sucesso mundial em proporções gigantescas. Dada a sua magnitude foi temas de diversos documentários incluindo esse “Shine a Light” dirigido por ninguém menos que Martin Scorsese.

Tendo como foco principal documentar as apresentações da banda no The Beacon Theatre em Nova York o documentário de Scorsese vai além. 

Desconstrói a própria imagem da banda com os bastidores das apresentações, revelando ao público o que acontece por “trás das cortinas” além de desconstruir a linguagem cinematográfica se posicionando como um “personagem ativo” no documentário colocando o espectador a par da preparação para que o filme se tornasse possível.

Se analisarmos com a devida atenção percebemos que há em “Shine a Light” um processo de desconstrução mutuo.

Ao mesmo tempo em que o diretor nos revela os bastidores da sua realização cinematográfica ele permite aos fãs da banda inglesa penetrar no backstage e conhecer o “outro lado” da banda.

Falando em conhecer o “outro lado” da banda inglesa é exatamente com esse propósito que o rico e extenso material de arquivo que o documentário apresenta. Munido desse material (e através dele) que Martin Scorsese permite a banda desfazer a imagem de “garotos maus” que os perseguiu ao longo das décadas.

O extenso material de arquivo também permitiu ao diretor Martin Scorsese construir um painel atemporal para a banda podendo linkar as entrevistas antigas como quando por exemplo perguntam a Mick Jagger e seus companheiros como eles se imaginam daqui a 20 anos e dadas a suas respostas de que “não existiriam nem pelos próximos 2 anos” é mostrado à performance atual da banda provando sua longevidade. Realmente, uma grande sacada do diretor Martin Scorsese.

O diretor privilegia o uso de planos mais abertos e closes muito bem orquestrados com o intuito de captar a energia e vitalidade performática (e também instrumental) da banda em sua totalidade, revelando assim a sua magnitude. Ao privilegiar a banda Scorsese dá ao espectador a dimensão exata da magnitude da banda inglesa ao fazer uso de grandes takes com o objetivo de captar o palco e o espetáculo em sua totalidade.

“Rolling Stones- Shine a Light” não é só o documentário definitivo sobre os Rolling Stones. Ele vai além. Ao desconstruir a imagem da própria banda e revelar os bastidores do documentário Scorsese desconstrói a imagem da banda e do próprio filme. 




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