domingo, 16 de junho de 2013

Se Beber Não Case Parte 3



O Bando de Lobos Ataca Novamente

Quatro anos após a última aventura na Tailândia Phill (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms), Alan (Zach Galifianakis) e Doug (Justin Bartha) estão de volta à estrada. Dessa vez não há despedida de solteiro, mas isso não significa o fim das confusões, pois quando o “Bando de Lobos” coloca o pé na estrada tudo pode acontecer.

Após um segundo capitulo que deixou a desejar, a franquia “Se Beber Não Case” encontra ares de renovação ao retornar aos seus primórdios nessa terceira- e derradeira aventura.

O diretor Todd Philips estabelece um clima de dinamismo e frenesi constante ao filme- isso se deve em parte ao roteiro enérgico e frenético escrito por Philips e Craig Mazin. Phillips aproveitando a energia inserida no filme, trabalha bem os planos garantindo assim um aspecto livre ao longa permitindo que as situações se desenrolem de maneira orgânica á narrativa. O diretor conferiu uma agilidade natural aos takes utilizando-se de sobre e justaposições de forma a estruturar a viés cômico da narrativa. As situações sobre o comando de Philips se desenrolam de forma rápida e dinâmica assim os planos se sobrepõe em um ritmo frenético na primeira metade do longa, o que não impede o diretor de trabalhar bem as cenas e as situações, a opção de diminuir um pouco o ritmo na segunda metade do longa não prejudica a narrativa de nenhuma maneira.
 Pelo contrário, Phillips nos mantêm entretidos, ou melhor, vidrados no filme (e rindo muito, diga-se de passagem).  O ato de diminuir o ritmo permite ao espectador entrar em contato com o lado humano dos personagens especialmente Alan (Zach Galifianakis).



A montagem exerce aqui um papel importantíssimo. O de estruturar a narrativa de maneira coesa em meio ao frenesi narrativo em que o filme se encontra trabalhando como um poderoso aliado da direção de Todd Philipps.
Phillips, aliás, executa um excelente trabalho no que diz respeito à inserção de flashbacks sobrepostos sobre as cenas que aqui funcionam como uma espécie de tributo aos fãs da franquia além de refrescar a memória do espectador afinal faz quatro anos desde que o primeiro filme foi lançado.

O roteiro escrito pelo diretor em parceria com Craig Mazin demonstra ares de renovação. Phillip e Mazin encontraram o timming perfeito da comédia ao construir situações que por mais non-sense que possa parecer arrancam gargalhadas escrachadas dos espectadores às vezes de uma situação aparentemente comum. E o melhor, os risos acontecem de maneira natural e não de maneira forçada como no segundo filme. Eis uma evolução.

É uma pena que a música apareça timidamente nesse filme (e quando aparece destoa das situações), o filme poderia ter crescido muito com o acréscimo musical como pano de fundo das cenas.


O elenco arrasa mais uma vez. Bradley Cooper (Phill), Zach Galifianakis (Alan) e Ed Helms (Stu) esbanjam um perfeito entrosamento cênico sendo o trio dotado de um perfeito timming de comédia garantindo a graça do filme. Mas justiça seja feita, todos estão ótimos, mas, Zach Galifianakis rouba a cena com o seu Alan finalmente saindo da síndrome de Peter Pan. Os melhores momentos do filme acontecem por causa e através do Alan que é um personagem deliciosamente infantil, mas muito sábio nas mãos do excelente ator que é Galifianakis.




Se Beber Não Case 3 é uma conclusão épica e humana para a franquia de humor que infelizmente deixa seus fãs órfãos e com vontade de mais.



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